O pré-candidato do PMDB à Presidência da República Anthony Garotinho desdenhou da escolha do PSDB, que definiu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do partido.

Durante a visita a quatro cidades do interior de Santa Catarina nesta terça-feira – Joinville, Criciúma, Joaçaba e Chapecó – o adversário de Germano Rigotto nas prévias do PMDB deste domingo afirmou que tem densidade eleitoral e estrutura partidária para enfrentar o PT e o PSDB.

Em Joaçaba, no fim da tarde, Garotinho foi informado da escolha tucana pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Questionado sobre o assunto, o pré-candidato desdenhou:

– Para mim não importa qual é o tucano. Todos têm a mesma plumagem e eu vou vencer.

Em Joinville, durante a manhã, o pré-candidato foi recepcionado com frieza: o presidente do diretório municipal do PMDB, Cleonir Branco, ratificou o compromisso assumido pelo governado Luiz Henrique da Silveira com Germano Rigotto.

Já em Criciúma, no começo da tarde, Garotinho teve uma recepção mais calorosa. O pré-candidato garantiu a realização das prévias e disparou contra os governistas:

– Eles conspiram contra o partido em favor de interesses pessoais. E não irão parar após o fim das prévias. O PMDB não pode escolher um candidato que pode ser atropelado pelos fatos – discursou.

Para uma platéia de quase uma centena de filiados, Garotinho enfatizou que a força da estrutura partidária do PMDB dobrará a votação (quase 16 milhões) obtida por ele nas últimas eleições, quando concorreu pelo PSB:

– Terei mais tempo de televisão, maior estrutura política e posso fazer mais de 30 milhões de votos – defendeu Garotinho.

O governo federal e Lula não foram poupados dos ataques. O governo foi definido como "aberração" e o presidente, chamado de "pouco republicano" por tentar cooptar o PMDB sem uma conversa institucional com o presidente do partido, Michel Temer.

DIÁRIO CATARINENSE