Os 19% obtidos por Geraldo Alckmin diante de Lula nas simulações de primeiro turno do Ibope foram avaliados de maneira positiva pelo candidato do PSDB. 

– É um piso alto para começar uma campanha – disse em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.

Ele lembrou ainda que quando participou das eleições ao governo do Estado de São Paulo surgiu nas pesquisas com menos de 20% e, apesar disso, as venceu. Na época, de acordo com ele, quem liderava o levantamento era Paulo Maluf com 43%, no entanto, sequer foi ao segundo turno.

O governador de São Paulo admitiu que nenhuma eleição é fácil, por isso, afirmou que ninguém deve se iludir com pesquisas a oito meses do pleito, fazendo referência ao bom desempenho de Lula nas projeções. Sobre a suposta vitória do presidente, o governador de São Paulo disse ainda que os resultados são verdadeiras do ponto de vista estatístico.

– Tudo isso é recall, lembrança da última eleição – afirmou ao justificar que o presidente tem maior exposição na mídia.

Para o governador, o cenário ainda não está definido, citando o caso do PMDB. Ele acredita que se o pleito tiver vários candidatos será garantido o segundo turno.

Alckmin apontou ainda como deverá ser estruturada a sua estratégia para as eleições.

– A partir de abril, me dedicarei de corpo em alma a tarefa de percorrer o país – disse.

Ele disse que não fará campanha anti-Lula ou anti-PT. O governador paulista deixou claro que utilizará os números de sua gestão em São Paulo e os confrontará com os obtidos pela administração de Lula. Alckmin criticou a taxa de juros e o crescimento do país.

Alckmin repudiou as afirmações de que é conservador e disse que acha graça dos rótulos. Segundo ele, apesar de o presidente ser considerado de esquerda, "a política econômica é de um conservadorismo absurdo".