| 16/03/2006 12h53min
A Comissão de Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa, recebeu hoje o pedido do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para que o legislativo investigue denúncia envolvendo um grupo de policiais militares que participavam da operação para desocupar a Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul. As imagens de TV foram veiculadas em uma rede nacional e mostram militares dançando com fuzis após a desocupação da área.
O movimento também acusa a operação da Brigada Militar de ser responsável pela morte da criança Tauana Paola da Silva, de cinco meses de idade. A menina foi internada na terça-feira com insuficiência respiratório aguda causada por desidratação. Conforme o movimento, a Brigada teria impedido o atendimento.
O Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado Dionilso Marcon (PT) defendeu a apuração dos fatos e o afastamento do comandante da operação, o coronel Valdir dos Reis
Cerutti.
O deputado afirmou ainda
que pretende convidar o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a Secretaria Especial de Direitos Humanos para uma audiência na comissão na próxima quarta. O coronel Valdir Cerutti disse que viu as imagens, mas entende que não houve qualquer tipo de ameaça por parte da Brigada Militar. Mesmo assim, os soldados envolvidos foram afastados da operação.
Para o comandante, a Brigada Militar facilitou a saída dos agricultores dos acampamentos desde o início. Ontem, cerca de 800 integrantes deixaram Coqueiros do Sul em direção a outros acampamentos, em Almirante Tamandaré do Sul e Sarandi. A previsão é que após negociação com o Comando da Brigada no sábado, outro grupo deixe o local neste final de semana, dirigindo-se para outros acampamentos da região. Mesmo assim, a expectativa é de que um grupo permaneça em Coqueiros do Sul.
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