| 16/03/2006 18h07min
Não foi tão pesada como se esperava a punição do zagueiro Antônio Carlos, do Juventude. Julgado na tarde desta quinta no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o jogador foi condenado a 120 dias e mais quatro jogos de suspensão pelos incidentes verificados na partida do dia 5 de março entre Juventude e Grêmio, em Caxias do Sul, pelo Gauchão.
Acusado de ter agredido e proferido ofensas racistas contra o volante Jeovânio, do Grêmio, Antônio Carlos foi denunciado nos artigos 253 (agressão) e 187 (ofensa moral) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No 253, que prevê pena de 120 a 540 dias de suspensão, o zagueiro foi condenado à pena mínima. Já a denúncia no 187 foi remanejada para o artigo 258 (atitude antidesportiva), no qual ele pegou mais quatro jogos de suspensão.
– Acabou. Agora eu pretendo ir para a casa descansar com a minha família – afirmou Antônio Carlos logo após o julgamento.
A decisão do Tribunal, no entanto, desagradou Jeovânio. O volante gremista, que foi arrolado como testemunha no processo, compareceu ao julgamento para prestar o seu depoimento e sequer olhou para Antonio Carlos, mesmo estando sentado a pouco mais de um metro dele. Na saída, ele expressou o seu descontentamento.
– Temos de acatar a decisão da Justiça, mas esse código precisa ser melhorado. Ou daqui a pouco outro vai me chamar de macaco e só vai pegar quatro jogos – desabafou.
O lateral Patrício, do Grêmio, também foi ao TJD prestar o seu depoimento, assim como o árbitro da partida, Leandro Vuaden. O outro lateral do Grêmio, o chileno Escalona, foi julgado na mesma sessão pela expulsão naquela partida, tendo sido condenado a um jogo de suspensão. Como ele já cumpriu a suspensão automática, a pena não tem efeito concreto.
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