Depois da Holanda, agora é a vez de Brasil e Inglaterra ganharem réplicas de capacetes nazistas personalizados, que serão vendidos antes e durante a Copa do Mundo da Alemanha. O primeiro modelo, cor de laranja em homenagem à seleção holandesa, acabou sendo vetado nos estádios pela federação local (KNVB).

O capacete, comercializado pela internet, é uma criação da empresa holandesa Free Time Products e seu design reproduz o que era utilizado pelos soldados alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo o seu produtor, o holandês Florian van Laar, trata-se apenas de uma piada com os rivais alemães.

– O capacete é um produto lúdico e não tem significado político. A Segunda Guerra Mundial terminou há 60 anos e a maioria dos alemães já não tem nada a ver com aquela geração que apoiava Hitler – garante.

Apesar de terem boas relações fora do gramado, Holanda e Alemanha são adversários mortais quando o assunto é futebol. A rivalidade começou no último Mundial realizado na Alemanha, em 1974, quando o time holandês, comandado pelo meia Johann Cruyff, perdeu a decisão para os donos da casa.

O troco da Holanda veio 12 anos depois, em 1988, quando ganharam a sua única Eurocopa, justamente na Alemanha. As duas seleções não chegaram a se enfrentar na decisão, como na Copa de 1974, mas os holandeses eliminaram os alemães no decorrer da competição.

País sede do Mundial, a Alemanha está preocupada em não associar a imagem do país ao nazismo, mas sim às produções culturais de seus compositores, poetas, filósofos e inventores. A Federação Alemã de Futebol (DFB) organiza, inclusive, um ciclo de palestras com o nome "O Futebol Sob a Cruz Gamada".

GAZETA PRESS