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 | 20/03/2006 19h08min

Casa de suspeitos de 12 assassinatos atrai centenas de curiosos

Família confessou que matava mototaxistas para roubar seus veículos

Uma casa em Santo Domingo, capital da República Dominicana, propriedade de uma família suspeita de haver assassinado pelo menos 12 pessoas, uma delas um policial cujo cadáver estava na fossa sanitária, tem sido visitada nos últimos dias por centenas de curiosos. Títulos como A Casa do Terror e A Casa do Diabo foram dados pelos vizinhos e pelos meios de comunicação, devido aos boatos de que ali se praticavam ritos satânicos.

Da casa de seis cômodos, que foi saqueada depois da detenção de seus moradores, só restam as paredes. E nelas alguns dos visitantes têm pichado frases como "666, o número da besta". Quinta passada, a polícia descobriu na fossa sanitária da casa o corpo do policial Andrés D'Oleo. Depois disso, moradores da região encontraram uma mão pendurada numa corda, na sala da casa.

Os moradores do local, Joel Rodríguez, de 34 anos; sua companheira, Yossi Rosania de León, de 20; e dois filhos dele, de 14 e 15 anos, admitiram que faziam parte de uma quadrilha que seqüestrava e assassinava principalmente mototaxistas, para roubar seus veículos. As autoridades, que procuram outras duas pessoas envolvidas nos crimes, prenderam também Luis Manuel Vargas e o sargento da Polícia Nacional Pablo Valdez, a quem Joel Rodríguez acusou de fazer parte da quadrilha.

Segundo o promotor da província de Santo Domingo, Perfecto Acosta, os acusados afirmaram ter matado também o caminhoneiro Luis Armando Díaz, cujo corpo foi achado dia 8 de março em Villa Mella, ao norte de Santo Domingo. Eles confessaram ainda que jogaram duas pessoas no mar depois de as roubarem e que assassinaram dois mototaxistas em Baní, no sudeste do país, também para ficar com suas motos.

Além disso, o menor de 15 anos disse que matou com uma punhalada o filho de um advogado em San Cristóbal (sul), o que as autoridades não confirmaram. O mesmo menor confessou que, em Villa Consuelo, um bairro da capital dominicana, jogou uma pedra na cabeça de um homem para assaltá-lo e o deixou moribundo.

Embora as autoridades tenham suspendido por enquanto as escavações no lugar e afirmado que a quadrilha só se interessava por roubar suas vítimas, os vizinhos acreditam que a família praticava rituais satânicos.

AGÊNCIA EFE
 
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