| 21/03/2006 15h09min
É "altamente provável" que a gripe aviária seja detectada nos Estados Unidos ainda este ano. A informação é da administração Bush, cujos membros insistiram que isso não significaria o começo de uma pandemia.
A secretária de Interior, Gale Norton, o secretário da Agricultura, Mike Johanns e o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Michael Levitt, revelaram hoje um plano que permitirá aumentar o monitoramento de aves migratórias, que poderiam trazer o vírus da gripe aviária ao litoral americano.
Segundo Norton, esse plano daria prioridade à coleta de provas no Alasca e nas ilhas do Pacífico, por onde os cientistas consideram que o vírus tem mais probabilidades de chegar.
– A descoberta da gripe aviária nos Estados Unidos não é razão para ter pânico – disse Johanns, acrescentando que, embora fossem detectados "resultados positivos de gripe aviária, poderiam ser uma versão inofensiva do vírus".
Caso as aves de criação nos Estados Unidos fossem infectadas, o Departamento da Agricultura americano "atuaria rapidamente para pôr em quarentena uma zona afetada e eliminaria a parte infectada".
Os criadores afetados serão compensados pelas perdas que possam sofrer devido a essas medidas, acrescentou Johanns.
A Administração de Alimentos e Fármacos (FDA) dos EUA anunciou hoje a proibição do uso de certos medicamentos contra a gripe em aves de criação, para reservar esses produtos para os humanos no caso de um foco de gripe aviária.
As autoridades de saúde americanas emitiram uma ordem impedindo que os veterinários administrem aos frangos, patos e perus os antivirais Tamiflu, do laboratório Roche, e Relenza, da GlaxoSmithKline, assim como a amantadina e rimantadina, todos eles aprovados para tratar a gripe em humanos.
O vírus da gripe aviária H5N1 se espalhou até o momento pela Europa, África e partes da Ásia, e causou a morte de 98 pessoas desde 2003.
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