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 | 23/03/2006 12h55min

Consumidor paga juros menores na compra de eletros

Taxas dos bancos foram de 59,2% ao ano em média em fevereiro

As taxas de juros cobradas pelos bancos na concessão de créditos para pessoas físicas caíram em média de 59,7% ao ano, no mês de janeiro, para 59,2% no mês passado. Houve queda em todas as modalidades de crédito pessoal, mas a redução mais significativa aconteceu na compra de eletroeletrônicos e da chamada linha branca (fogões, geladeiras e outros). Os juros caíram de 58,6% para 54,4% ao ano nesses financiamentos.

Os números constam do relatório de fevereiro sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado hoje pelo Banco Central. O documento mostra que os juros do cheque especial recuaram de 147,8% para 146,8% ao ano, enquanto os juros do crédito pessoal desceram de 68,9% para 68,6%, no crédito consignado em folha de pagamento reduziram de 37% para 36,1% e na compra de veículos baixaram de 35,3% para 35,2%.

O mesmo não aconteceu, porém, nas operações de crédito para pessoas jurídicas. As empresas tiveram que pagar mais pelo crédito em fevereiro, na comparação com janeiro, com a média subindo de 31,3% para 31,6%. As maiores elevações aconteceram nos descontos de promissórias, com aumento de 51,8% para 56,2%, e de duplicatas, com aumento de 40,7% para 43,3%.

As empresas pagaram mais, também, nas operações de empréstimo bancário para capital de giro, que eram contratadas com juros de 37,1% ao ano, em janeiro, e subiram para 37,3%; e os juros na aquisição de bens subiram de 28,6% para 29,3%.

A única modalidade de crédito com redução de juros em fevereiro, nas operações com empresas, deu-se na conta garantida, que cobra, tradicionalmente, os juros mais altos. Estes caíram de 69,6% para 69% ao ano.

O relatório do BC também registrou aumento do spread bancário (diferença entre o que o banco paga na captação e o que cobra na concessão do empréstimo), levando em conta a queda gradativa da taxa básica de juros (Selic) desde setembro do ano passado.

Na comparação com janeiro, o spread aumentou de 29,7% para 30,2% em média. Os bancos cobram 43,7% de diferencial nas operações com pessoas físicas e 15,1% das empresas.

AGÊNCIA BRASIL

 
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