O meia brasileiro Júlio Baptista, do Real Madrid, disse hoje que, embora a equipe ainda não tenha desistido de conquistar o Campeonato Espanhol, o time tem que brigar pela segunda posição que dá acesso direto à próxima edição da Liga dos Campeões.

– Não desmotiva ser segundo, mas há uma diferença muito grande. Agora é muito difícil pegar o Barcelona. Temos que brigar de qualquer jeito pelo segundo lugar. Cada dia é mais difícil. Temos que conquistar todos os pontos e ver onde ficamos – disse o brasileiro após o treino de hoje.

No domingo, o Real Madrid enfrenta o Deportivo La Coruña, cujo treinador é Joaquín Caparrós, que comandou Júlio Baptista em Sevilla.

– Sabemos que Caparrós tem uma equipe muito forte. O Deportivo tem bons jogadores, mas esperamos mostrar nosso ritmo e intensidade – acrescentou.

O brasileiro reconhece os problemas da equipe.

– Nas últimas partidas diminuímos a intensidade e a posse da bola. Estávamos jogando muito mais juntos e tínhamos mais oportunidades de gol. As equipes dificultam e não sabemos como superar isso – ponderou.

Para Júlio Baptista, seria melhor saber o quanto antes quem vai ser titular em cada jogo.

– O treinador, em cada partida, tenta fazer o que acha conveniente. Eu gostaria de saber quem vai jogar, mas respeito a forma de trabalhar do treinador. Sempre quero jogar, mas as lesões fazem com que cada partida seja diferente – disse. – Foi um ano muito difícil em todos os sentidos, com uma mudança de treinador e a renúncia do presidente. Além disso, nós ficamos de fora da Liga dos Campeões muito rapidamente. Se não nos tivessem eliminado da Copa do Rei estaríamos muito melhor – completou.

Por último, o jogador afirmou que mantém a esperança de ser convocado por Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo da Alemanha.

– Quando uma equipe não vai bem, é ruim para todos. As últimas nove partidas têm que ser finais para mim, para demonstrar minhas qualidades ao técnico. Se eu não for (ao Mundial da Alemanha), será uma decepção. Identifico-me com a Seleção e sempre se quer estar com o grupo. Mas é muito difícil devido ao nível de competitividade – considera.

AGÊNCIA EFE