| 24/03/2006 16h56min
A Caixa Econômica Federal informou hoje à Polícia Federal (PF) que o computador que emitiu o extrato do caseiro Francenildo Santos Costa está em São Paulo. A informação é da assessoria de imprensa da PF, que afirma que a polícia tentou localizar em Brasília o computador e não teve sucesso. A Caixa teria dito que o entregaria ainda hoje.
– A PF não compactuará com a tentativa de transferir responsabilidade exclusivamente a pessoas de menos importância, e que, portanto, não possuem o poder decisório – afirmou o delegado Rodrigo Carneiro. O órgão informa que a equipe de peritos já está pronta, aguardando a máquina para colher os primeiros indícios digitais. De acordo com a sindicância interna da Caixa, o extrato foi retirado em Brasília. Dos dois funcionário das Caixa identificados como usuários da máquina, um foi intimado pessoalmente e poderá depor ainda hoje. O outro estaria fora da cidade. A PF informa que expedirá hoje a segunda intimação para o presidente do banco, Jorge Mattoso. Ontem ele tinha sido intimado, mas não compareceu. Por lei, ele pode não comparecer nas primeiras três vezes. Na quarta chamada, é obrigado a comparecer. Segundo a Polícia Federal, o nome dos dois funcionários da Caixa não será divulgado para garantir a eles a preservação da intimidade e o direito à ampla defesa. De acordo com o advogado do caseiro Francenildo, Wlicio Chaveiro do Nascimento, o extrato da conta de seu cliente foi retirado à noite, quando ele estava na sede da Polícia Federal, no dia 16, inscrevendo-se no programa de proteção a testemunhas. Nascimento disse que, na ocasião, o caseiro entregou o cartão bancário à PF, embora não tenha informado a senha e o código de letras necessário para acesso à conta. Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, na semana passada – suspenso antes da conclusão por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), Francenildo confirmou o que havia dito em reportagem: que viu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "10 ou 20 vezes" na casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto. Poleto, investigado por tráfico de influência no governo, foi um dos assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP) e é investigado . Na matéria, o caseiro disse que presenciou partilha de dinheiro por Poleto e outros ex-assessores de Palocci. Em nota à imprensa, divulgada na semana passada pelo Ministério da Fazenda, Palocci nega que tenha ido à residência. AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.