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 | 27/03/2006 09h56min

Dólar abre em alta e volta a ser vendido a R$ 2,173

Definição dos juros nos Estados Unidos é o principal evento das semana

O dólar comercial abriu nesta segunda em alta de 0,88%, a R$ 2,171 na compra e R$ 2,173 na venda. Junto com o cenário político, o principal destaque desta semana é a reunião que começa amanhã, terça, do Federal Reserve (FED), o Banco Central norte-americano, para a definição dos juros nos Estados Unidos.

O mercado todo aguarda uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa de juro norte-americana, para 4,75% ao ano. Duas semanas atrás, em uma reunião com economistas em Nova York, Ben Bernanke, presidente do Fed, deu a entender que o aperto monetário continuará com o crescimento da atividade nos Estados Unidos.

Ao divulgar o resultado da reunião, na quarta-feira, o Fed poderá indicar a continuidade ou não da elevação dos juros. Se as taxas continuarem subindo, países como o Brasil serão prejudicados e poderão perder investimentos. Dados que serão divulgados ainda nesta semana nos Estados Unidos (o PIB do quarto trimestre, na quinta-feira, e o índice de confiança do consumidor de março, amanhã) poderão ser levados em conta pelo Fed.

No Brasil, o desdobramento político ganha grande destaque neste início de semana. O destino do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, poderá ser definido ainda hoje. Neste domingo, Palocci se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje à tarde terá um encontro com a coordenação política do governo para avaliar a crise.

Também está em jogo o destino de Jorge Mattoso, presidente da Caixa Econômica Federal, que está sendo responsabilizado pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, que disse que Palocci freqüentava a casa em Brasília de seus ex-assessores de Ribeirão Preto acusados de corrupção. Mattoso prestará depoimento às 15h na sede da Polícia Federal, em Brasília.

No cenário econômico, os destaques são os índices de inflação. Segundo pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado elevou a estimava para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006 para 4,57%. A previsão para a taxa Selic no final de 2006 caiu de 14,38% para 14,25%. Entre dos dados de inflação que serão divulgados nesta semana está o IGP-M de março, que sairá na sexta.

AGÊNCIA O GLOBO

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