| 28/03/2006 00h58min
O principal artífice do afastamento de Antonio Palocci foi o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Conforme o blog do jornalista Josias de Souza, nos instantes em que Lula hesitou, coube a Thomaz Bastos aconselhá-lo. Ele disse ao presidente que o sacrifício de Palocci era necessário para salvar o que restava de imagem pública do governo.
De acordo Josias, em todas as reuniões privadas de que participou, Thomaz Bastos vinha sustentando desde a semana passada que era indispensável descaracterizar a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa como um ato de governo. E o único modo de fazê-lo seria identificar os responsáveis, punindo-os sem vacilações.
Lula vinha se apegando à palavra de Palocci, que lhe reiterava não ter tido participação no episódio da quebra ilegal de sigilo. Thomaz Bastos ouvia as palavras do colega da Fazenda com um pé atrás. Todos os indícios levantados pela PF indicavam que o crime não fora obra de pessoas subalternas.
À medida que a apuração foi avançando, Palocci foi ajustando a sua versão. A partir da tarde de quinta-feira, passou a admitir que o seu assessor de imprensa, o jornalista Marcelo Netto, estava por trás da divulgação dos extratos do caseiro. Disse, porém, que o auxiliar agira por conta própria, sem a sua anuência.
Ontem, coube a Thomaz Bastos informar a Lula acerca do teor do depoimento de Jorge Mattoso à PF. O presidente da Caixa declarou que entregou pessoalmente a Palocci, na casa dele, cópia do extrato bancário de Francenildo.
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