| 02/04/2006 22h06min
A Polícia Federal (PF) tenta ouvir o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, a respeito de sua participação na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Na sexta-feira, em depoimento à PF, o motorista do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso disse que, ao levar o antigo chefe à casa de Palocci em 16 de março, notou no local um veículo Mercedes, modelo Classe A, "escuro". Netto usava um carro com essas características antes de ser exonerado, "a pedido", em portaria publicada pelo Diário Oficial da União.
Netto foi o assessor mais próximo de Palocci na Fazenda, ao lado de Ademirson Ariosvaldo da Silva e Juscelino Dourado, ambos investigados pela CPI dos Bingos. Desde que os dados bancários de Francenildo foram publicados, o nome do assessor surgiu como o responsável pela intermediação entre as duas ações: a quebra de sigilo e o vazamento da informação para a imprensa. Mattoso, que foi indiciado pela PF por violação de sigilo funcional e quebra ilegal de sigilo, será ouvido novamente. Seu depoimento não foi marcado porque ele não foi encontrado para receber a intimação.
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