| 04/04/2006 15h40min
Durante a acareação na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, vários senadores da oposição pediram para o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, abrir os seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Os parlamentares querem saber sobre a dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Partido dos Trabalhadores, que foi paga por Okamotto. Os parlamentares também perguntam sobre a denúncia de que a dívida de uma das filhas do presidente teria sido paga pelo presidente do Sebrae.
– Certamente há algo sério. Ninguém luta tanto para esconder as informações – disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Dias propôs a votação de um novo requerimento para a quebra de sigilos de Okamotto. A proposta teve o apoio de outros parlamentares. Porém, ela foi negada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque, no entendimento do então presidente do tribunal, Nelson Jobim, o acesso da CPI aos dados fundamenta-se em notícias veiculadas em matérias jornalísticas, sem sequer indicar um fato concreto que delimite o período de abrangência dessa medida extraordinária.
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