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A cada 50 minutos, em média, um gaúcho é vítima de estelionato no Rio Grande do Sul. No ano passado, segundo dados da Polícia Civil, 10.653 pessoas compraram bilhetes premiados falsos, pagaram taxas para aquisição de fundos de pensão inexistentes, foram lesadas com empréstimos supostamente vantajosos, tiveram cheques falsificados ou cartões de crédito clonados. A polícia suspeita de que os números não reproduzam a totalidade de falcatruas no Estado. Envergonhadas, muitas vítimas preferem não revelar que caíram em um conto-do-vigário.
Mesmo que parte dos crimes não chegue às delegacias, os vigaristas quase sempre são velhos conhecidos dos policiais. Segundo o chefe de investigações da 17ª Delegacia da Polícia Civil, Roberto Gomes, a maioria dos golpistas volta a cometer os crimes.
Para o delegado de Roubo a Cargas e Defraudações, Márcio de Jesus Zachello, a reincidência se dá porque o crime de estelionato tem uma pena pequena, de um a cinco anos de reclusão. Ninguém fica preso muito tempo cometendo 171 (artigo do estelionato no Código Penal).
Nos últimos anos, os falsários têm se especializado em aplicar golpes em outros Estados, dificultando a repressão. O uso de celulares pré-pagos dificulta a localização por parte dos investigadores. Resta às vítimas redobrar cuidados.
CARLOS ETCHICHURYGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.