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 | 08/04/2006 22h30min

Venezuela nega ter permitido ataque a embaixador dos EUA

Manifestantes jogaram ovos, tomates e cebolas em carro de diplomata

O governo venezuelano negou hoje que tenha permitido o ataque na sexta-feira contra a caravana do embaixador dos Estados Unidos em Caracas e advertiu aos diplomatas que evitem ir de forma inoportuna a lugares onde podem não ser bem-vindos. A Venezuela responderá com reciprocidade se Washington decidir restringir a movimentação de seu embaixador nos Estados Unidos, Bernardo Alvarez, disse em entrevista coletiva o chanceler venezuelano encarregado, Alcides Rondón.

O governo do presidente Hugo Chávez também declarou que repudia todo ato de protesto que ultrapassar os limites do respeito e consideração a qualquer cidadão, nacional ou estrangeiro. Essa foi a forma que Rondón respondeu ao Departamento de Estado americano, que acusou as autoridades locais de Caracas de serem cúmplices em um incidente, ocorrido na sexta-feira, envolvendo o embaixador americano William Brownfield.

O Departamento de Estado pediu ontem explicações ao embaixador venezuelano e advertiu que haverá "sérias conseqüências diplomáticas" entre os dois países se outro incidente deste tipo voltar a acontecer. Uma dessas "conseqüências" seria restringir a movimentação de Álvarez nos Estados Unidos, medida que a Venezuela responderá com "reciprocidade", declarou Rondón.

O Departamento de Estado considerou imperdoáveis os excessos ocorridos na sexta-feira quando grupos governistas, em protesto contra a presença de Brownfield em instalações esportivas no oeste de Caracas, jogaram ovos, tomates, cebolas e alfaces contra a caravana diplomática quando saía do local.

AGÊNCIA EFE

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