O médico da seleção de futebol do Equador, Patricio Maldonado, foi detido hoje para investigações no caso de suposto tráfico de pessoas, no qual também está envolvido o coordenador da seleção, Vinicio Luna.

A Polícia deteve preventivamente Maldonado no aeroporto de Quito, quando chegava da Argentina, confirmou uma fonte da Federação Equatoriana de Futebol (FEF).

Maldonado, que já prestou depoimento às autoridades, foi envolvido diretamente no caso depois que supostos prejudicados afirmaram que ele conhecia das atividades de Luna, que se encontra detido desde 20 de março, envolvido em um caso de tráfico de pessoas.

Carlos Villacís, vice-presidente da FEF, declarou recentemente que Luna continua no cargo, porque está submetido a um processo de investigação por um delito no qual não foi acusado ou sentenciado pelos tribunais.

Vinicio Luna está detido na prisão 4 de Quito, acusado de tramitar de forma irregular vistos para os EUA a Manuel Farez e Juan Luzeiro, que teriam sido incluídos em uma lista de viajantes da seleção, com cargos falsos.

Além disso, desde a semana passada o advogado Celso Suquillo denunciou perante o promotor Hernán Flores da província de Pichincha, cuja capital é Quito, que Edwin Samaniego e Edwin Santi também teriam sido prejudicados por Luna no trâmite de vistos e uma frustrada viagem aos Estados Unidos.

A denúncia assinala que Samaniego e Santi foram incluídos de forma irregular em uma lista de jogadores e dirigentes, que precisavam dos vistos para os Estados Unidos, para supostamente participar de partida amistosa da seleção nacional contra o Japão no dia 30 de março.

Alejandro Vanegas, representante legal da FEF, entregou hoje à televisão Ecuavisa as listas dos viajantes nos últimos dois jogos da seleção nos quais, assegurou, existem só nomes dos atletas.

Vanegas se declarou aflito pela situação e assegurou que a Federação Equatoriana de Futebol não teve jamais convidados (nas viagens). Não existiu nenhuma pessoa convidada. As únicas pessoas que acompanharam a relação oficial de jogadores foram os dirigentes.

AGÊNCIA EFE