O plenário encerrou há pouco a discussão do projeto de lei de conversão do deputado Murilo Zauith (PFL-MS) à Medida Provisória(MP) 280/06, que reajusta em 8% os valores da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Os líderes tentam fechar um acordo para votar o texto hoje e deixar os destaques para votação em separado para outro dia.

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) defendeu a emenda de seu partido que eleva a correção na tabela de 8% para 11,83%. Essa seria, segundo ele, a defasagem acumulada no governo Lula. Segundo o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), a economia feita pelo governo em 2005 permite um reajuste maior na tabela do IR, sem prejuízos para os cofres públicos.

O deputado Tarcísio Zimmermann (PT-RS) argumentou que o reajuste proposto na MP é o maior possível e lembrou que, nos oito anos do governo passado, a tabela teve apenas 17,5% de correção. Eduardo Valverde (PT-RO) acusou o governo passado de não ter criado as condições para o equilíbrio fiscal. Por isso, segundo ele, nunca foi possível promover um reajuste real na tabela.

Os deputados analisam também requerimentos apresentados pela oposição para atrasar o andamento da matéria. O PFL e o PSDB propuseram votar nominalmente dois destaques para votação em separado depois do texto principal, mas o PT aceita a votação nominal de apenas um destaque. Um dos destaques da oposição reajusta a tabela do Imposto de Renda em 15%.

AGÊNCIA CÂMARA