| 12/04/2006 09h50min
O atacante Ricardo Oliveira terá pouco tempo para convencer o técnico Carlos Alberto Parreira que pode integrar a seleção brasileira na Copa do Mundo. O jogador foi emprestado pelo Betis ao São Paulo até 10 de agosto, mas terá, no máximo, seis partidas para provar que está recuperado da operação sofrida no joelho direito, que o afastou dos gramados desde 1º de novembro do ano passado, e ganhar a disputa com Fred para ser reserva do ataque brasileiro.
NA manhã de hoje, ele desembarcou no Aeroporto de Cumbica e disse que terá condições de jogo apenas na próxima semana. Assim, Ricardo Oliveira poderia atuar em quatro rodadas do Campeonato Brasileiro (Fortaleza, Santa Cruz, Corinthians e Inter) e possivelmente nos dois jogos das oitavas-de-final da Copa Libertadores, antes da convocação de Parreira em 15 de maio.
Porém as partidas da Libertadores ainda são uma incógnita, já que a Conmebol não definiu a tabela desta fase e o São Paulo também precisa assegurar sua classificação como um dos dois melhores colocados no Grupo 1. A vaga pode vir nesta quarta-feira, caso o time vença o Cienciano, fora de casa, e o Caracas tropece diante do Chivas Guadalajara, na Venezuela.
Com poucos jogos, Ricardo Oliveira adotou um discurso cauteloso e praticamente descartou a possibilidade de ir à Copa.
– Isso não é uma obsessão para mim. Quero realizar um bom trabalho e se der tudo bem. Mas primeiro preciso jogar, ver como serão minhas sensações e depois buscar este lugar, mas sei que é difícil – explicou.
Antes da operação, o atacante vinha sendo presença constante nas listas de Parreira no ano passado, sendo convocado para sete jogos das eliminatórias (Peru, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia e Venezuela) e para a Copa das Confederações.
Porém, com a lesão no joelho direito, Ricardo Oliveira perdeu espaço para Fred, que marcou gols nos amistosos que disputou e passou a ser o favorito para ficar ao lado de Robinho, Ronaldo e Adriano, dados como certos no ataque da seleção. Apesar de ter pouco tempo para convencer Parreira, o agora atacante são-paulino, pelo menos, tem esta chance, algo que chegou a ser descartado pelo próprio jogador logo após ser operado no ano passado.
– Naquela época, achava que era impossível mesmo. A previsão era de nove meses, mas me recuperei em quatro meses e meio, e agora tenho esta esperança. Mas, de qualquer forma, não é uma obsessão minha. Se não der, vou prosseguir meu trabalho – comentou Ricardo Oliveira.
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