As salas de informações confidenciais do Besc, as chamadas data-rooms, foram abertas nesta sexta-feira, dia 17. A partir de segunda-feira, os bancos pré-qualificados para o processo de compra do Besc terão acesso aos dados sigilosos sobre a instituição. Durante esta semana, após a suspensão da liminar que proibia a abertura das salas, os interessados receberam o manual de diligência, recolheram as taxas necessárias e credenciaram seus técnicos para o levantamento de informações.

Participam do processo o ABN Amro Bank, Bradesco, Itaú e Unibanco. A data do leilão e o preço mínimo serão estabelecidos no edital de venda publicado pelo Banco Central (BC). Segundo o presidente do Besc, Natalício Pegorini, isso pode ocorrer até o final de julho.

Antes da publicação do edital, no entanto, é preciso que o BC encaminhe o relatório de avaliação da instituição para o Tribunal de Contas da União (TCU). Outro pré-requisito é a capitalização de recursos para o Programa de Demissão Incentivada (PDI) e transferência dos mesmos, bloqueadas judicialmente. Pegorini aguarda o julgamento de um agravo de instrumento pelo Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT), mas diz que está tudo dentro do prazo.

Restará ainda uma etapa política, que é a remessa da conta única pelo governo do Estado. A medida necessita de aprovação da Assembléia Legislativa. Pegorini ressalta que a instituição continuará a ser oficialmente o Banco do Estado de Santa Catarina, preservando até mesmo as agências pioneiras.

– O banco que vencer o leilão deverá manter todas as agências do Besc abertas, até porque isso faz parte do acordo com o governo de Santa Catarina para que a conta única do Estado seja mantida na instituição – disse Pegorini à reportagem da rádio CBN Diário.