| 18/05/2002 14h23min
O presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu neste sábado, dia 18, em Salamanca, na Espanha, a ajuda dos países mais ricos aos mais pobres “para que tenhamos uma América Latina integrada visando um mundo de liberdade, democracia e bem estar social”. O presidente lembrou o exemplo europeu, onde os países ricos ajudaram os mais pobres para que a União Européia pudesse ser formada.
Fernando Henrique disse ainda que essa ajuda é importante para que todos os países da região se sintam participantes de uma sociedade mais igualitária. Segundo o presidente, os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo europeu nas negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Sobre a crise vivida na Argentina, FH afirmou que o país vizinho está numa fase em que precisa tomar certos passos que mostrem que o país tem capacidade de reorganizar o seu sistema, inclusive o financeiro. No entanto, ele ressaltou que isso não significa que se deva dar um receituário a Argentina. Segundo o presidente brasileiro, os argentinos “sabem melhor do que nós o caminho para organizar sua economia”.
Fernando Henrique acrescentou que os países e organismos financeiros internacionais precisam dar à Argentina um apoio mais efetivo. Ele espera que isso aconteça até a próxima reunião Mercosul-União Européia, marcada para julho. Até lá, o presidente espera que a Argentina já tenha tomado as medidas internas necessárias para sair da crise.
O presidente Fernando Henrique considerou positivo o resultado da II Cúpula América Latina e Caribe – União Européia, realizada nessa sexta, dia 17, em Madri. No entanto ele reconheceu que não se avançou tanto quanto era esperado na Cúpula Mercosul – UE, também realizada ontem. Fernando Henrique disse que, no segundo encontro, os países do Mercosul insistiram para que as negociações entre os dois blocos fossem aceleradas. Ele espera que, a partir da próxima reunião ministerial Mercosul-UE, marcada para julho, isso já seja possível.
O presidente disse ainda que encontros como os realizados ontem têm um lado simbólico, um político – que é importante porque envolve temas como o fortalecimento da democracia – e um prático. Ele citou os avanços feitos por Chile e México, países que assinaram acordos comerciais com a UE e afirmou que o interesse europeu pela América Latina é importante para que “nós tenhamos um mundo mais equilibrado”. As informações são da Agência Brasil.
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