| 17/04/2006 14h56min
O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse hoje, ao deixar uma reunião com o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que o objetivo do encontro foi conversar sobre alternativas e saídas para a companhia.
– Estamos conversando e temos que conversar. Eles (os juízes) estão dirigindo a Varig por um processo de recuperação judicial e nós somos o poder concedente. Estamos tratando da empresa, saídas que a empresa possa ter, alternativas, mas nada disso é publico – disse.
Zuanazzi disse ainda que acredita que a Varig terá uma saída e não quis comentar uma possível paralisação da empresa.
– Acho sim que tem alternativa (referindo-se a Varig). E o mais importante disso é que a Varig continua operando com segurança, e o usuário pode usar a Varig com segurança – reforçou.
O presidente da Anac não quis fazer comentários a respeito da proposta da ex-subsidiária VarigLog, no valor de US$ 400 milhões pela compra da companhia aérea.
– Vamos analisar isso. Vimos apenas pelos jornais – desconversou.
Segundo ele, no último feriado, a operação da Varig foi normal e nos vôos que foram cancelados os passageiros foram abrigados em outras companhias, sem transtornos, garantiu.
Ainda hoje, o juiz que acompanha o processo de recuperação judicial da Varig, terá uma reunião com o empresário Lap Chan, dono da VarigLog, quando serão apresentados detalhes da nova proposta feita pela VarigLog para a compra da Varig por US$ 400 milhões, US$ 50 milhões a mais do que o montante oferecido no dia 9 de abril.
Enquanto isso, na sede da Varig, também haverá um encontro do Conselho de Administração da empresa, em que também serão avaliados detalhes da oferta. Na última semana, a Varig recomendou que o Conselho de Administração aprovasse a proposta que prevê a criação de duas empresas – uma operacional, sem dívidas, e outra na qual ficaria praticamente todo o passivo. No plano de compra também permanece o corte de cerca de três mil funcionários e a redução na frota de 54 aeronaves para 47.
A ex-subsidiária de logística e transporte de cargas da Varig foi adquirida pela Volo do Brasil, empresa que pertence ao fundo americano Matlin Patterson, pelo equivalente a US$ 48,2 milhões.
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