O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, contou ter dito ao presidente que a ordem não servirá de palanque eleitoral nem para seus aliados nem para adversários. Os dois conversaram nesta tarde, por durante uma hora e meia no Palácio do Planalto. Busato falou também sobre a convocação do Conselho Federal da Ordem para discutir uma proposta de impeachment de Lula, no próximo dia 8 de maio.

– Disse ao presidente da República que a ordem nesse episódio agirá dentro da sua tradição histórica de fazer política, mas não se atrelará à política partidária, seja de que lado for. Não seremos palanque eleitoral, seja para os partidos que apóiam o presidente, seja para os partidos que lhe fazem oposição – afirmou Busato.

Busato argumentou que o Brasil vive uma grave crise política, que a entidade respeita as instituições do país, mas não se omitirá de sua missão histórica. Segundo Busato, o presidente abordou a crise política na conversa e as CPIs que investigaram o governo.

– O presidente entende que as CPIs não foram muito justas com ele, pois abriram muito o leque e o foco das investigações – afirmou.

Busato disse que entregou a Lula convite da União Internacional de Advogados (UIA) para que participe da abertura do Congresso Mundial de Advogados, em novembro deste ano. Ele afirmou que caberá à UIA decidir sobre o convite a Lula, caso a OAB decida pelo pedido de impeachment.

AGÊNCIA O GLOBO