| 18/04/2006 21h14min
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2007, apresentado pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Guido Mantega, prevê a execução provisória de despesas mesmo que o orçamento não seja votado pelo Congresso. A medida pode tirar do Legislativo o poder exclusivo sobre o controle do orçamento.
Caso esse preceito seja aprovado como quer o governo, haverá a possibilidade de o Executivo gastar sem a necessidade de observar a liberação do limite correspondente a um doze avos do orçamento previsto e não votado. A proposta também abre brecha para investimentos dos ministérios e das empresas estatais sem aval dos parlamentares.
O ministro do Planejamento lembrou que já foram editadas nove medidas provisórias neste ano para custeio da máquina pública. Paulo Bernardo afirmou ainda que já foi anunciada a edição de mais uma, no valor de R$ 24,4 bilhões, para investimentos das estatais, caso o Congresso não aprove o Orçamento Geral da União (OGU) deste ano até a próxima quinta-feira.
Na sessão de votação do Orçamento, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a inclusão do dispositivo, Calheiros afirmou que não iria permitir que o preceito fosse aprovado. A medida também foi criticada hojr por parlamentares da oposição e da base aliada, pois é vista como uma ameaça à autonomia do Congresso.
AGÊNCIAS BRASIL E CÂMARAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.