| 21/04/2006 22h11min
O presidente da Bolívia, Evo Morales, avisou hoje que a siderúrgica brasileira EBX deve abandonar o país voluntariamente ou será expulsa. Segundo ele, a empresa não respeitou a constituição boliviana.
A Bolívia questiona a instalação da siderúrgica brasileira numa zona franca a menos de 50 quilômetros da fronteira. A constituição do país estabelece que os estrangeiros não podem ter propriedades nessa faixa. Outra barreira é a construção de dois fornos para produzir ferro fundido usando carvão vegetal. A empresa não recebeu uma licença ambiental, porque a atividade pode levar ao desmatamento.
Morales também acusou a EBX de promover a discórdia entre os bolivianos. Os protestos na fronteira com o Brasil começaram na terça-feira, em defesa das atividades da filial MMX, que o governo considera ilegais.
– Eles querem nos dividir, provocar conflitos – acusou.
Mesmo com a advertência de Morales, os habitantes de três municípios da fronteira da Bolívia com o Brasil decidiram continuar a sua greve em solidariedade à empresa brasileira. Como parte dos protestos, eles bloqueiam a passagem entre os dois países.
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