| 26/04/2006 16h24min
O relator do processo de cassação de Vadão Gomes (PP-SP), Moroni Torgan (PFL-CE), leu seu parecer no Conselho de Ética propondo a cassação do mandato. O relator contestou a tese da defesa de que o fato de o avião particular de Vadão não estar em São Paulo no dia em que o dinheiro teria lhe sido entregue pelo empresário Marcos Valério provaria que o empresário teria mentido.
Moroni mostrou notas de um hotel em que Vadão estava hospedado quando a aeronave também não estava na cidade. Segundo ele, o fato de o avião não estar em São Paulo não prova que o deputado não estivesse na cidade e não teria recebido o dinheiro.
Vadão Gomes é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em dinheiro do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, tido como o operador do mensalão. A quantia teria sido repassada ao parlamentar nos dias 5 de julho e 16 de agosto de 2004, em um hotel em São Paulo. O deputado nega as denúncias e garante que nem esteve na capital paulista nessas datas.
O relator baseou seu parecer nas ligações trocadas entre Vadão Gomes e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares um dia antes da suposta entrega dos R$ 3,7 milhões ao deputado. Os integrantes do Conselho de Ética devem pedir vista do relatório, adiando a votação para semana que vem.
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