| 28/04/2006 13h30min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o momento é de análise política para construir alianças. Ele, no entanto, desconversou ao ser perguntado sobre as negociações com o PMDB e reiterou que só define a sua candidatura no prazo limite, que é 30 de junho.
– Temos que analisar o quadro político. Vocês estão percebendo que em política todo mundo dá muito palpite. E o que parece que estava definido ontem, hoje não está. Vamos ter que, com muita paciência, esperar o que vai acontecer no mês de junho, que é quando o quadro político vai estar definido – disse Lula, em uma improvisada entrevista coletiva no Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal.
Ainda quando falava sobre o PMDB, Lula foi perguntado se aceitaria em seu palanque em um segundo turno o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato do PMDB a presidente e que nos últimos dias teve o seu nome envolvido em uma série de irregularidades em relação a doações de campanha.
– Eu não espero nada. Não posso ficar esperando quem é que vem para o meu palanque. Eu não faço acordo com pessoas, mas com partidos políticos – disse.
Perguntado como deverá trabalhar a sua possível campanha à reeleição sem dois dos seus coordenadores da candidatura de 2002 – os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci –, Lula disse que, se decidir ser candidato, caberá à presidência do PT escolher os novos coordenadores.
– Simplesmente vamos ter que arrumar outros coordenadores. E esse não é o problema porque teve muita gente que coordenou minhas campanhas. E quem vai coordenar a campanha, se eu decidir ser candidato, é o presidente do partido, que sempre foi e sempre será o coordenador – afirmou Lula, numa referência ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).
O presidente, que não discursou no evento, não colocou barreira para tratar de vários assuntos com a imprensa. Sobre o encontro nacional do PT, do qual ele participa nesta sexta-feira, Lula disse não ter conhecimento do que será discutido na reunião, mas destacou que é preciso minimizar as disputas internas e enaltecer as disputas externas do partido.
Sobre o indiciamento do ex-ministro Antonio Palocci, Lula declarou que é um processo normal em um país democrático. Segundo ele, o indiciamento "não prova que a pessoa é culpada ou é inocente".
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