O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, homenageou nesta segunda-feira, na Normandia, no norte da França, milhares de vítimas americanas que morreram no desembarque do Dia D, em 6 de junho de 1944. O presidente e a primeira-dama, Laura Bush, assistiram a uma missa em memória dos combatentes, juntamente com o presidente francês Jacques Chirac.

Em meio às homenagens, Bush aproveitou para vincular a guerra global contra o terrorismo às batalhas que encerraram a Segunda Guerra Mundial e afirmou que sua geração estava pronta para fazer o mesmo tipo de sacrifício na "guerra contra o terrorismo".

– É apropriado que lembremos os que se sacrificaram, porque hoje defendemos nossas liberdades contra as pessoas que não agüentam ter liberdade – declarou Bush na igreja de pedra de Sainte-Mère-L'Eglise, a primeira cidade francesa libertada pelos soldados norte-americanos depois do Dia D, em junho de 1944.

Assim que desembarcou de helicóptero, Bush foi recebido por centenas de crianças com pequenas bandeiras francesas e americanas. A pequena igreja estava lotada, com 350 convidados e cerca de 1,6 mil moradores da cidade de Sainte-Mère-L'Eglise. Uma missa antecedeu uma cerimônia no cemitério do Dia D, onde estão enterrados 9.386 combatentes americanos.

Mas Bush, criticado na Europa por suas políticas isolacionistas, não foi recebido apenas com boas-vindas. Em Caen, na Normandia, um protesto contra o presidente reuniu entre 1mil e 2mil pessoas no domingo. Ainda nesta segunda, Bush iniciou em Roma, na Itália, uma importante visita de dois dias – nesse período ele deve assistir ao acordo histórico para a criação do Conselho Conjunto para a integração da Rússia à OTAN e se encontrar com o Papa João Paulo II no Vaticano. Acompanhado pelo secretário de Estado, Colin Powell, e pela Conselheira de Segurança, Condoleeza Rice, o presidente americano foi recebido pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, durante um jantar. Nesta terça, Bush deve fazer uma visita de cortesia ao presidente da república italiana, Carlo Azeglio Ciampi, e visitar a base militar de Pratica di Mare, a 30 quilômetros ao sul de Roma.