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 | 02/05/2006 15h27min

Imprensa argentina adverte sobre possível extinção do Mercosul

Disputa entre Argentina e Uruguai demonstra fragilidade do grupo

O Mercosul pode estar se encaminhando rumo à extinção devido a inúmeros conflitos, fomentados pela disputa entre Argentina e Uruguai pela instalação de fábricas de celulose em território uruguaio, advertem hoje os principais diários argentinos.

A imprensa do país repercute nesta terça a notícia de que o Uruguai se prepara para deixar de ser membro pleno do bloco para passar a ser parceiro comercial, como anunciou o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, durante visita a Washington.

Paraguai e Uruguai, as menores economias do Mercosul, "são marginalizados pela ostentosa relação bilateral" de seus sócios Argentina e Brasil, apontou o diário Clarín em referência "à crise não assumida de um bloco regional partido em dois".

O periódico de maior tiragem do país advertiu que quando há conflitos entre Argentina e Brasil estes "são resolvidos entre as duas nações, sem que haja uma comunicação ao resto" do Mercosul, e que por isso "às vezes até parece que o Uruguai e o Paraguai estão ali para preservar o número de membros".

Neste sentido, sustentou que "beira o surrealismo" o fato de os presidentes argentino, Néstor Kirchner, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, terem se reunido com o venezuelano Hugo Chávez na quarta passada em São Paulo para tratar assuntos ligados ao Mercosul "à revelia de dois de seus quatro membros".

A Venezuela está em processo de admissão como membro pleno do bloco regional, mas "na realidade não o integra", especificou.

O jornal La Nación ressaltou, por sua vez, que o bloco regional perde força por causa "da incapacidade" de Kirchner e Vázquez de "encontrar uma solução" ao conflito pela instalação das fábricas da finlandesa Botnia e da espanhola Ence em Fray Bentos, no Uruguai.

Na opinião do diário, a controvérsia bilateral "conduz, decididamente, a uma possível ruptura do Mercosul", criado como zona de livre-comércio em 1991 e que é uma união aduaneira imperfeita desde 1995. A possível retirada do Uruguai "é uma decisão pensada" de Vázquez, e que caso seja "concretizada representará um giro na estratégia de integração do Uruguai ao mundo, depois de o país se sentir abandonado por seus sócios naturais".

AGÊNCIA EFE

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