| 03/05/2006 22h15min
Uma testemunha da investigação do assassinato do prefeito de Campinas Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, disse em depoimento secreto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos que foi vítima de uma operação abafa comandada por integrantes do PT para impedir que seu depoimento fosse tomado na Justiça.
O garçom Anderson Ângelo Gonçalves, até então identificado apenas pelo codinome Jack, diz ter presenciado uma reunião na qual teria sido tramada a morte de Toninho.
A testemunha disse que vem sendo ameaçada, mas pediu para que a sessão fosse fechada. Jack disse aos senadores que foi coagido, em 2002, por pessoas supostamente ligadas ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, então advogado da família de Toninho, entre elas um advogado de nome Sidney que prestaria serviço a Bastos.
O Ministério da Justiça informou que Thomaz Bastos foi procurado pela família de Toninho do PT e que, como advogado dela, solicitou que o Ministério Público ouvisse a testemunha. A sócia de Thomaz Bastos, Dora Cavalcanti, considerou o depoimento absurdo e levantou dúvidas sobre a sanidade mental da testemunha:
O garçom afirmou ainda que foi hospedado em pelo menos quatro hotéis de São Paulo com objetivo de isolá-lo da imprensa e demovê-lo da idéia de testemunhar. E relatou que chegou a ser dopado para não ter condições de prestar um depoimento à Justiça de Campinas.
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