O brasileiro Gustavo Kuerten lutou muito e, na raça, avançou à terceira rodada do torneio de Roland Garros – segundo Grand Slam da temporada que está sendo disputado em Paris, na França. Nesta quarta-feira, dia 29 de maio, Guga precisou de cinco sets para superar o italiano Davide Sanguinetti por 3 a 2, parciais de 6/7 (0/7), 6/2, 4/6, 6/4 e 6/3. O próximo adversário de Guga na competição é o chileno Fernando Gonzalez, que também nesta quarta eliminou o brasileiro Fernando Meligeni por 6/2, 3/6, 6/1 e 6/2. A partida entre Guga e Gonzalez ainda não teve data nem horário definidos pela organização do torneio, mas deve ocorrer nesta sexta-feira.

A partida começou equilibrada – Sanguinetti quebrou o serviço de Guga no segundo game, mas o brasileiro devolveu a quebra logo na parcial seguinte. A igualdade persistiu até o tiebreak, quando Guga desapareceu em quadra e, errando muito, perdeu a série de desempate por 0/7. No segundo set, um novo Guga pisou o saibro da quadra Suzanne Lenglen, a segunda mais importante do complexo parisiense. O catarinense venceu no serviço de Sanguinetti no quarto game e repetiu a dose no oitavo para fechar em 6/2.

No set seguinte, quem começou impondo seu ritmo foi o italiano, que quebrou o saque de Guga logo no primeiro game e segurou a partida até fechar a série em 6/4. O quadro ameaçava se repetir no quarto set, quando o italiano de novo quebrou Guga no primeiro game. Mas, dessa vez, o brasileiro se recuperou – devolveu a quebra no quarto game e, quando Sanguinetti sacava em 4/5, aproveitou o primeiro set point que teve para levar a decisão à quinta e última série.

Depois de um início de set equilibrado, com ambos os tenistas mais preocupados em se defender do que atacar, Sanguinetti deu o primeiro passo em direção à vitória ao quebrar o serviço de Guga no quinto game. Mostrando toda a raça e superação que são suas principais características, Guga devolveu a quebra no game seguinte e conseguiu mais uma no oitavo, fazendo 5/3. Calmo, o brasileiro só precisou segurar seu serviço e matar o primeiro match point que teve para fechar em 6/3 e avançar à terceira rodada.

– Mais uma vez me sinto um cara privilegiado, e só não perdi porque corri como um coelho, fiz umas bolas espíritas na hora importante e começaram a acontecer coisas que só acontecem para mim aqui em Roland Garros. O jogo estava indo mesmo para o saco, mas, a partir do momento em que o cara deu uma brechinha, as coisas mudaram e eu senti que o jogo era meu – falou o tricampeão do torneio.