| 05/05/2006 16h07min
O presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli negou hoje que tenha uma posição divergente da exposta pelo presidente Lula. O executivo, no entanto, voltou a afirmar que não serão viabilizados novos investimentos na Bolívia.
– Neste momento nós consideramos que novos investimentos adicionais na Bolívia são investimentos que não se viabilizam. No entanto nós estamos sempre dispostos a negociar e a avaliar as condições objetivas dos investimentos – afirmou o executivo.
Gabrielli reforçou a posição da companhia que pretende rejeitar a proposta de aumento nos preços do combustível, defendida pelo governo boliviano, e destacou que ainda existem diversas etapas de negociação, "previstas em contrato que estabelecem como devem ser resolvidas as divergências".
Gabrielli voltou a citar que, se necessário, a Petrobras recorrerá ao processo de arbitragem internacional para soluções de impasses nas negociações. A Bolívia defende em aumento de até 45%.
– A Petrobras não vê neste momento a necessidade de serem alterados os preços estabelecidos no GSA (contrato), que já estão quase no limite do combustível alternativo ao gás.
Em discurso nesta sexta, durante inauguração da usina hidrelétrica Eliezer Batista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o projeto de criação do gasoduto que corta a América do Sul.
Lula comparou a extensão e os recursos envolvidos no projeto à Muralha da China, "uma das mais extensas obras da humanidade".
– Será um megaprojeto de quase oito mil quilômetros de gasoduto e que nós sabemos que não é um projeto para uma década. Eu tenho a impressão de que será, depois da Muralha da China, o maior já feito, mais ou menos do tamanho do gasoduto que hoje liga toda a Europa – afirmou.
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