| 08/05/2006 16h03min
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse hoje ser contra a investigação das denúncias feitas pelo ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira pela CPI dos Bingos. Segundo ele, caso Silvinho acrescente fatos novos ao que já foi apurado, a continuidade das investigaçoes deve ser feita pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
– Se surgirem fatos novos os canais competentes é que devem investigar (MP e PF). A investigação já foi feita à exaustão – disse Calheiros.
Para alguns parlamentares da oposição, o procedimento não deve ser esse. O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), disse que as investigações pela comissão têm procedimento na medida em que o advogado Rogério Buratti afirmou que, em 2002, a direção do PT recebeu dinheiro ilegal de donos de casas de bingos para campanhas políticas.
– Agora, o Silvio Pereira disse que o Marcos Valério dominou as finanças do partido e que o então tesoureiro, Delúbio
Soares, tinha perdido o controle sobre o
empresário. Por isso, existe um foco determinado – disse Efraim. Ele espera, nas reuniões administrativas que ocorrem esta semana, que a CPI vote o requerimento para a convocação de Marcos Valério.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), foi à tribuna para tentar demonstrar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deu guarida ao empresário. Ela apresentou atos do governo federal contra as empresas de Marcos Valério.
– Em março de 2003, o governo do presidente Lula deflagrou uma devassa nas contas das empresas DNA e Graffitte, que culminou em multas em favor da União de R$ 64 milhões – disse a senadora. Ela lembrou, ainda, o processo aberto pelo governo, em 2004, contra a SMP&B Propaganda por crime contra a Ordem Tributária.
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