| 08/05/2006 17h18min
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse hoje que a Ordem pode voltar a discutir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso ocorreria caso surgisse uma situação incontornável ou o Ministério Público constate a efetiva participação do presidente da República nas denúncias relacionadas ao mensalão.
– Nada impede que a Ordem retorne ao assunto. O tema pode voltar desde que haja um fato absolutamente relevante para o conhecimento da matéria, um fato que implique que a OAB retorne à matéria para não ser taxada de omissa – disse Busato, depois da sessão plenária do Conselho Federal da OAB, na qual ficou decidido o envio à Procuradoria-Geral da República de notícia-crime contra o presidente Lula.
Na avaliação de Busato, a Ordem foi clara e transparente no seu pronunciamento ao entender que não existe clima, neste momento, para o pedido de impeachment de Lula, principalmente em função da proximidade do calendário eleitoral. O presidente da OAB prevê um prazo de dez a 15 dias para a apresentação do documento ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, juntamente com os termos do voto do relator do processo de impeachment, o conselheiro federal pelo Acre Sérgio Ferraz.
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