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 | 10/05/2006 09h25min

Zé Roberto diz que só indisciplina tática pode parar o Brasil

O meio-campo Zé Roberto, atualmente no Bayern de Munique, acredita que só a indisciplina tática pode parar o Brasil na Copa do Mundo, mas está confiante em que o técnico Carlos Alberto Parreira evitará que isso ocorra.

– Na realidade, não – respondeu Zé Roberto ao ser perguntado pela revista alemã "Sport Bild" se algo pode parar o Brasil.

– Só se a equipe não tiver disciplina e ir toda para frente. Mas o técnico Parreira evitará que isso aconteça – acrescentou.

Zé Roberto analisa o time que será titular na primeira partida contra a Croácia, da qual ele faz parte, e qualifica a equipe de a mais forte que o Brasil já teve, e por isso se mostra confiante na conquista do título.

– Temos todas as posições sensacionalmente cobertas, incluindo o gol – diz Zé Roberto, que considera o goleiro Dida um dos cinco melhores do mundo, junto ao italiano Gianluigi Buffon, ao tcheco Petr Cech e aos alemães Jens Lehmann e Oliver Kahn.

Os zagueiros, Lúcio, do Bayern, e Juan, do Bayern Leverkusen, também são muito elogiados por Zé Roberto. "Lúcio é incrivelmente forte na luta direta pela bola e Juan melhorou ano após ano durante sua estadia na Alemanha, é sólido no jogo aéreo e na luta homem a homem", afirmou o meia.

Lúcio e Juan, no entanto, não poderão mostrar na Copa a vocação ofensiva que costumam mostrar em suas equipes e normalmente não passarão do meio-campo, para cobrir as costas dos laterais Roberto Carlos e Cafu, conhecidos por suas projeções ao ataque.

– Nós já temos jogadores ofensivos o suficiente na equipe – lembra Zé Roberto, que também terá que jogar um papel mais defensivo na seleção que o que desempenha no Bayern.

– Junto com o Emerson, tenho que cobrir as costas dos nossos meias ofensivos, Ronaldinho Gaúcho e Kaká – explica.

Para Zé Roberto, os dois atacantes, Ronaldo e Adriano, também são uma garantia de bom jogo.

– Adriano tem um chute a gol incrivelmente forte, cabeceia bem e tem vocação de gol – afirmou.

Quanto a Ronaldo, se antes corria mais, hoje é mais perigoso, disse o meia.

– Os zagueiros acham que o têm sob controle, e então ele faz uma ameaça, que é um sinal para lançarmos a ele um passe longo. Depois, ele escapa e procura o gol – conclui o jogador.

AGÊNCIA EFE

 
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