| 11/05/2006 08h26min
Ataques arrasadores e o domínio do jogo no garrafão foram as armas para Miami Heat e Los Angeles Clippers vencerem seus jogos pelas semifinais de conferência da NBA, empatando em 1 a 1 as disputas contra New Jersey Nets e Phoenix Suns, respectivamente.
O Miami Heat mostrou que entendeu o recado de seu treinador, Pat Riley, e venceu o New Jersey Nets por 111 a 89, pela semifinal da Conferência Leste.
Depois da derrota no primeiro jogo do play-off, Riley havia dito que no segundo era preciso vencer e convencer. O ala-armador Dwyane Wade, com 31 pontos, 17 deles no primeiro quarto, foi a melhor resposta.
O terceiro jogo será no Continental Airlines Arena, de Nova Jersey, na sexta-feira.
Wade goi desde o início do jogo o eixo do ataque do Heat. No jogo de transição, ele manteve o controle do ritmo.
O ala-armador do Heat acertou 12 de 19 arremessos de quadra, inclusive 3 de 3 da linha de três pontos, e 4 de 4 lances livres.
Além disso, deu seis assistências, pegou cinco rebotes, recuperou quatro bolas e só perdeu uma.
– Wade foi o líder de que precisávamos. Era necessário não só ganhar, mas jogar bem – disse Riley.
Desta vez, o pivô Shaquille O'Neal não teve problemas com as faltas pessoais. Ele marcou 21 pontos. Seu marcador, Jason Collins, foi quem acabou no banco, com cinco faltas pessoais.
O armador Jason Williams fez 14 pontos e deu cinco assistências.
E o veterano Gary Payton foi a surpresa do jogo. Foram 11 pontos em 15 minutos, com 100% de acerto: 4 de 4 arremessos de quadra, sendo 3 de 3 de três pontos.
O ala Udonis Haslem ajudou com 11 pontos, 10 rebotes e quatro assistências. Outro fator decisivo foi o acerto nos arremessos de três pontos: 11 de 20 (55,0%).
– Foi nossa melhor arma para superar a defesa do Nets – reconheceu Riley.
– O controle da bola, que não tivemos no primeiro jogo, também foi importante – analisou.
No Heat, só o ala-armador Vince Carter, com 22 pontos, cinco rebotes e cinco assistências, manteve o bom desempenho do primeiro jogo. O ala Richard Jefferson, dúvida até horas antes de a bola subir, fez 16.
O armador Jason Kidd não foi decisivo. Ficou em 15 pontos, com seis assistências e três rebotes.
– Nunca tivemos controle do ritmo do partido e também não estivemos bem nos arremessos, ao contrário do adversário – destacou Carter.
No outro jogo da noite, um ataque irresistível e uma grande defesa foram a fórmula para o Los Angeles Clippers vencer por 122 a 97 o Phoenix Suns no segundo jogo das semifinais da Conferência Oeste.
O Clippers agora tem a vantagem de campo. O terceiro jogo será na sexta-feira, no Staples Center de Los Angeles.
Foi uma atuação perfeita do Clippers no garrafão, mesmo diante de um rival de alto nível. Pegou 57 rebotes, contra apenas 26 do Suns, uma superioridade que foi o segredo da vitória.
O ala Elton Brand, com 27 pontos, 10 rebotes, três roubadas de bola, duas assistências e um toco, foi o líder do Clippers.
O armador Sam Cassell e o ala-armador Cuttino Mobley, com 23 pontos cada um, também anularam o fator Steve Nash, e mantiveram o controle do jogo. Cassell pegou oito rebotes e deu três assistências, contra seis e cinco de Mobley.
O pivô Chris Kaman se consagrou com 14 pontos e 16 rebotes.
– Depois do primeiro jogo compreendemos que não bastava marcar mais de 90 pontos. Era preciso também dominar as bolas debaixo dos aros e defender bem – disse o técnico Mike Dunleavy.
O ala reserva sérvio Vladimir Radmanovic entrou para marcar 10 pontos e pegar nove rebotes. O Clippers teve 54,4% de acerto nos arremessos de quadra, 44,4% (4 de 9) nos de três pontos e 80,0% (20 de 25) nos lances livres .
– A vantagem de 20 pontos na primeira parte e de 21 no terceiro quarto provou que estávamos dominando o jogo e que mantivemos sempre a pressão e a concentração – analisou Dunleavy.
Os 45,6% de acerto do Suns nos arremessos de quadra não foram o suficiente. O ala-armador Raja Bell, com 20 pontos, foi o cestinha do time. O brasileiro Leandrinho Barbosa entrou para jogar 34 minutos e registrou 18 pontos, quatro assistências e dois rebotes.
– Eles nos surpreenderam desde o primeiro quarto, ditaram o ritmo e não nos deram espaço – disse Mike D'Antoni, treinador do Suns.
– Além disso, fomos muito mal nos rebotes – admitiu.
Os arremessos de três pontos, que poderiam ter sido a grande arma do Suns, não entraram. Só 9 das 26 tentativas (34,6%) entraram. Nos lances livres, os acertos foram de 69,6% (16 de 23).
Nash, o jogador decisivo do primeiro jogo, ficou em 6 de 12 arremessos de quadra, errando as duas tentativas de longe, e anotou 2 de 3 lances livres.
– Eles nos superaram em todos os fundamentos. Agora devemos refletir sobre o que nos espera – comentou Nash.
– Mas estamos prontos para recuperar a vantagem de campo, como fizemos no play-off anterior, contra o Lakers – lembrou.
A diferença é que o Clippers provou ser uma equipe muito mais completa. No Lakers, pelo contrário, tudo dependia do ala-armador Kobe Bryant.
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