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As resistências regionais à aliança com o PSDB reforçam, no PMDB, a corrente dos que defendem uma medida amarga: o adiamento da convenção nacional, marcada para o dia 15, simultaneamente à dos tucanos. O comando peemedebista tem na terça-feira, em Brasília, uma reunião decisiva para o mapeamento das tendências no partido. A depender desse diagnóstico, o adiamento pode ser sacramentado para evitar surpresas desagradáveis.
Embora não goste da idéia - um reconhecimento público da divisão do partido -, o comando do PMDB não descarta a hipótese, especialmente se for constatada a necessidade de um prazo maior para as negociações nos Estados.
– Por mim, a data da convenção deve ser mantida. Mas o adiamento é uma tese que pode aparecer, sim. Pode até ser um reconhecimento de divisão, mas temos que enfrentar as coisas como elas são – admitiu o próprio presidente nacional do partido, Michel Temer (SP).
Nos Estados em que precisam do apoio do PSDB, os peemedebistas não estão dispostos a dar um cheque em branco na convenção nacional. É o caso de Luiz Henrique Silveira, candidato ao governo de Santa Catarina. Os 39 votos que controla na convenção têm servido de trunfo para evitar que o PSDB apóie, formalmente, o governador Esperidião Amin (PPB) no Estado. Decisivo para o resultado da convenção, o diretório do PMDB só vai avalizar a aliança com a garantia de que o PSDB não se aliará a Amin. Só há um problema: a convenção do PSDB catarinense acontecerá apenas no dia 22.
Fora os dissidentes de sempre - Paraná, Goiás, Minas e São Paulo -, o PMDB enfrenta ainda problemas em Mato Grosso, Maranhão, Pará, Ceará, Paraíba, Rondônia e Roraima. A situação tem de estar aplainada em 12 dias para que os governistas cheguem à convenção mais aliviados.
No comando do partido, há entre os mais otimistas uma certeza de que o diretório gaúcho, com 60 votos, nunca apoiará uma aliança com o PT do governador Olívio Dutra. E que, por isso, a fatura está liquidada.
O comando do PMDB está dividido quanto à perspectiva de vitória na convenção. Enquanto uns enxergam como real o risco de adiamento ou até de derrota na convenção, outros, confiantes na adesão do PMDB gaúcho, acreditam que sairão vencedores do encontro, mesmo enfrentando a oposição dos delegados do Pará e da Paraíba, sempre afinados com o governo.
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