Três servidores da Câmara dos Deputados, que integram uma comissão de sindicância instaurada após a Operação Sanguessuga, começam a ouvir hoje, em Cuiabá (MT), oito assessores parlamentares presos durante a Operação Sanguessuga, na semana passada. O primeiro a ser ouvido foi Cristiano de Souza Medeiros, funcionário do gabinete do deputado federal Vieira Reis (PMR-RJ).

Segundo o superintendente da PF, Aldair da Rocha, uma sala foi colocada à disposição do grupo. Quinta à noite, os membros da comissão foram até a superintendência da Polícia Federal para analisar os documentos apreendidos na operação. A investigação pretende levantar mais informações sobre parlamentares cujos assessores foram presos por suspeita de recebimento de propina.

Na lista que a Câmara divulgou quarta, a Corregedoria informou que seis destes deputados não seriam investigados de início até que houvesse mais informações sobre a participação deles nas fraudes. A inclusão destes parlamentares entre os investigados depende do que for levantado em Cuiabá. A comissão deve prorrogar os depoimentos até sábado.

A assessora Nívea Martins Oliveira, que trabalha no gabinete da deputada Elaine Costa (PTB-RJ), deverá ser ouvida somente no sábado. Ela já informou à polícia que tem interesse em colaborar com as investigações, desde que obtenha redução da pena.

AGÊNCIA O GLOBO