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 | 15/05/2006 17h48min

Diretor da Petrobras descarta totalmente apagão do gás

Brasil contaria com outras fontes de energia em caso de agravamento da crise

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, descartou totalmente a possibilidade de um "apagão" do gás natural no Brasil em função da crise com a Bolívia. Segundo ele, em nenhum momento o desrespeito aos contratos de importação ou o fornecimento foi colocado em xeque.

Além disso, Sauer afirmou que em caso de agravamento da situação o Brasil contaria com outras alternativas de suprimento energético, como lenha, coque, carvão, e até mesmo outros derivados de petróleo como óleo combustível.

– Tudo o que foi feito na Bolívia foi no sentido de aumentar a fração do dinheiro do gás que vai para os cofres públicos. Eu fiz um levantamento que mostra que de 1999 a 2005, eles arrecadaram US$ 575 milhões em regalias (impostos sobre o petróleo). Com o aumento do imposto de 18% para 50% no ano passado, eles arrecadariam US$ 500 milhões neste ano. Agora, com o novo aumento do imposto para 82% eles arrecadarão US$ 700 milhões – disse a uma platéia de estudantes e especialistas da Coppe/UFRJ.

Em seu discurso, Sauer também minimizou as eventuais perdas da empresa com a nacionalização das refinarias pertencentes à Petrobras no país. E destacou que a grande questão é a partilha do gás natural extraído pela Petrobras na Bolívia e exportado para o Brasil.

– Aí sim há um conflito (na questão do preço), mas isso pode ser resolvido por meio de uma negociação. Se não houver satisfação, pode-se ir a uma corte internacional, mas sempre reconheceremos a soberania da Bolívia sobre os recursos naturais – destacou.

Sauer chegou a elogiar o brilhantismo dos livros do vice-presidente do país, Alvaro García Linera, que ajudou na elaboração do programa de governo da Bolívia. E disse que parecia 'um ministro boliviano' ao defender os direitos do país.

O mesmo Linera disse nesta segunda-feira, em entrevista à imprensa, que não custaria nada para a Petrobras aceitar um reajuste de US$ 1 no preço do gás boliviano, o que elevaria a arrecadação do país em US$ 300 milhões.

– Para mim custaria US$ 1 a mais. No meu entendimento não deverá haver reajuste nenhum. Se eles ganharem a disputa em um mecanismo arbitral, tudo bem, mas acho que dificilmente isso vai acontecer – comentou.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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