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A geração de empregos na indústria de transformação gaúcha cresceu 4% no primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período de 2001, apesar dos percalços enfrentados pelos exportadores do setor calçadista – o que historicamente mais agregava mão-de-obra.
A estatística, divulgada nesta quarta-feira, 5 de junho, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, é de que 25.952 postos surgiram de janeiro a abril. No ano passado, haviam sido 24.933. Desse total de novas vagas, 13.759 foram abertas no setor de fumo. Os números devem-se, segundo a assessoria econômica da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), ao atual período de safra e à proliferação nesta época de trabalhos temporários.
A indústria calçadista, que amarga queda de 10% no faturamento com as exportações, curiosamente está produzindo mais a preços menores e, por esse motivo, ainda contratando trabalhadores. Foram 4.497 novos postos de trabalho preenchidos no setor. Mas há queda na geração de empregos, em comparação ao ano passado, de 31,69%. Em 2001, 6.583 postos haviam sido criados.
De janeiro a abril, as exportações de calçados chegaram aos 65,38 milhões de pares no país – 2,64 milhões de pares a mais do que nesse mesmo período de 2001. O Estado responde por cerca de 80% desses embarques. Entretanto, conforme dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), enquanto o setor exportou o equivalente a US$ 598 milhões neste ano até maio, em 2001 haviam sido US$ 667 milhões. Da média de US$ 8,50 por par do ano passado, o valor atual fica em US$ 7,50. Entre as grandes empresas calçadistas, a Via Marte, de Nova Hartaz, no Vale do Sinos, sobressai-se com contratações em um período de cautela do setor. Seu quadro funcional cresceu 4,5% desde janeiro. Hoje há 1.987 funcionários em quatro unidades fabris. Mas essa indústria ainda está tem 800 empregos indiretos, com os ateliês terceirizados. O inusitado é que a Via Marte exportava anualmente 400 mil pares de calçados femininos para a Argentina. Desde novembro, sequer houve embarques da empresa para o país vizinho. O segredo para a substituição do mercado argentino está na conquista de consumidores no próprio Norte e Nordeste do Brasil e nos países da América Central. Atualmente, 10% da produção são exportados.
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