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O secretário-geral da Presidência da Argentina, Aníbal Fernández, afirmou ontem, dia 5, que o país cumpriu com as exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a liberação de novo empréstimo. As declarações de Fernández ocorreram um dia após o diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, ter sinalizado que o Fundo fará novas exigências e não dará ajuda financeira ao país ainda neste mês, como apostava o governo.
Koehler disse na terça-feira à noite, dia 4, que a data e o valor do empréstimo dependerão dos próprios argentinos. Também afirmou estar “irritado” com a demora do governo argentino em atender as exigências do FMI. Apesar disso, acenou com a possibilidade de que uma missão técnica seja enviada a Buenos Aires na próxima semana, para preparar as negociações do novo acordo. Ontem, o porta-voz para a América Latina do FMI, Francisco Baker, explicou que a missão teria a tarefa de “preparar o terreno para uma missão negociadora”.
Entre outros pontos, o FMI faz objeção à forma como o Congresso argentino anulou a Lei de Subversão Econômica. O Fundo pediu o fim dessa lei, que pune os delitos de empresas e pessoas que prejudiquem as finanças do país, após alguns juízes começarem a usá-la para investigar banqueiros. O Congresso anulou a lei na semana passada. O FMI, porém, não aceita a inclusão de alguns artigos que constavam na lei anulada ao Código Penal do país. Fernández disse que o presidente Eduardo Duhalde ainda não decidiu se vetará os artigos anexados pelo Congresso ao Código Penal.
– Constitucionalmente, temos 10 dias para analisá-la – informou.
Centenas de desempregados voltaram ontem a ocupar pontes que dão acesso a Buenos Aires exigindo alimentos. De acordo com pesquisa da Tendências Econômicas, as empresas foram obrigadas a demitir 115 mil trabalhadores em maio. O resultado mostra alta de 2.600% nas dispensas ante maio de 2001. Desde janeiro foram fechados 300 mil postos no país.
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