| 17/05/2006 16h07min
A BR Distribuidora vem contabilizando um prejuízo diário de R$ 2,3 milhões com a suspensão do pagamento à vista do querosene de aviação vendido à Varig. Desde a semana passada, a estatal já acumula perdas de R$ 13 milhões, sendo que a dívida total da Varig com a BR está em torno de R$ 70 milhões.
Desde a última quinta, respaldada por uma decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, a Varig vem comprando o combustível sem a necessidade de pagar por ele no ato. Diante da sentença, a BR entrou com um embargo de declaração e um agravo de instrumento na Justiça, na tentativa de reverter o quadro.
A presidente da BR Distribuidora, Maria das Graças Foster, disse ter "absoluto respeito" pela decisão do juiz e garantiu que a empresa acatará a decisão. Mas disse que a diretoria da BR Distribuidora está "indignada com a interferência do juiz em uma relação comercial, madura, saudável e de longa data":
– Não há como imaginar que uma distribuidora possa financiar, e colocar parte expressiva de seu lucro, em uma empresa que não se sustente no negócio de combustível – disse.
A executiva contou ainda que desde janeiro a BR vem cobrando da Varig o mesmo preço pelo QAV, sem considerar reajustes. No acumulado do ano, o preço do combustível acumula alta de 15,4%.
A BR Distribuidora e a Varig estão reunidas na tarde desta quarta no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em uma tentativa de resolver o impasse.
Maria das Graças Foster, no entanto, descartou a possibilidade de que a empresa aérea pague pelo combustível adquirido com recebíveis. Desde dezembro do ano passado, a Varig vinha antecipando o pagamento do querosene de aviação comprado.
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