A Fifa vai punir o jogador que trouxer mensagens religiosas em camisas por baixo do uniforme durante a Copa do Mundo da Alemanha. A entidade máxima do futebol não ficou nada satisfeita com a forma pela qual o Brasil comemorou a conquista do pentacampeonato, há quatro anos, com os jogadores evangélicos colocando camisas com mensagens de Jesus e rezando no meio do gramado do estádio no Japão.

Um alto funcionário da Fifa revelou à Agência Estado que o Brasil de fato feriu  as regras estabelecidas que proíbem comemorações do estilo adotado pelos jogadores  mostrando camisas com mensagens como "100% Jesus". Na ocasião, cada jogador poderia ter sido multado em US$ 2 mil.

Mas a realidade é que a Fifa passou por uma saia justa. Primeiro porque a seleção que fez isso acabava de conquistar o título máximo do futebol e a punição certamente geraria uma polêmica. Em segundo lugar, o torneio já havia terminado com o apito final por parte do árbitro e uma punição seria complicada naquele momento.

O problema, entretanto, não são especialmente os jogadores brasileiros que querem mostrar sua relação com grupos evangélicos. Consciente de que os jogos da Copa são vistos em todos as partes do mundo e por todas as religiões, a Fifa não  quer ser palco para nenhum desses grupo.

Com 204 países e federações filiadas, de todas as etnias, regimes, religiões e credos, a Fifa teme que o futebol se torne uma vitrine privilegiada. A punição também valerá para qualquer jogador que traga uma mensagem política.

A própria delegação do Irã, que irá ao Mundial da Alemanha, tem sido um fator de preocupação aos organizadores, principalmente no que se refere à segurança.

Neste ano, diante do contexto internacional ainda mais conturbado, com manifestações extremistas explodindo em várias partes do mundo por causa de conflitos religiosos, a Fifa promete ficar de olho no comportamento dos jogadores.

Agência Estado