| 20/05/2006 16h08min
O presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo, João Batista Rebouças Silva Neto, disse hoje que os secretários estaduais de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, são "despreparados" para tratar da segurança no Estado. Por essa razão, o sindicalista chegou a afirmar que pediria ao governador de São Paulo, Cláudio Lembo, o afastamento dos secretários, o que ainda não ocorreu.
– Eles foram irresponsáveis, pois tinham sido alertados com antecedência pela Polícia Federal e por agentes penitenciários de que a transferência de presos provocaria a reação dos marginais. E deixaram que os policiais civis e militares fossem pegos de surpresa. O fato de não ter nos avisado do risco é que provocou essa chacina – afirmou.
De acordo com Batista, os membros da facção criminosa realizaram os ataques armados de fuzis e granadas, enquanto os policiais reagiam com recursos inferiores, como revólveres de calibre 38 e coletes à prova de bala "vencidos".
O investigador rebateu a argumentação de Furukawa, que negou que o fim dos motins teria ocorrido após acordo com os líderes do PCC.
– Foi tão cristalina essa ação que logo após a visita da advogada da facção pararam os ataques em São Paulo – desabafou o policial.
Ele comparou as cenas de desespero das pessoas e de tensão entre os profissionais da força de segurança aos conflitos no Oriente Médio.
– Os policiais são sabiam como agir com os ataques feitos em vários pontos. Só que estava aqui pôde presenciar a barbárie que foi um verdadeiro Iraque.
O sindicalista avalia que o uso de celulares pela população carcerária poderia ser coibido com investimento tecnológico e com um preparo maior dos funcionários que fazem a revista nos visitantes das prisões.
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