| 22/05/2006 17h33min
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, comunicou hoje ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), que o depoimento do principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, não poderá ser tomado nas dependências da Câmara. Rebelo afirmou que também deve impedir a realização na Casa de outros depoimentos da mesma natureza.
– Julgo não ser apropriado para a segurança dos deputados, servidores e visitantes – justificou.
A CPI aprovou em 3 de maio o requerimento para ouvir Marcola, mas decidiria apenas amanhã se o líder do PCC prestaria depoimento na Câmara ou na penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo, onde ele cumpre pena. Aldo Rebelo observou que tem a prerrogativa de vetar o depoimento nas dependências da Câmara, já que cabe a ele a responsabilidade pela segurança.
Aldo Rebelo também negou qualquer tipo de ameaça do PCC em relação à segurança da Câmara, conforme foi divulgado hoje pelo jornal Correio Braziliense. O presidente da Câmara explicou que eventuais procedimentos realizados pela Polícia da Casa no fim de semana são de rotina.
– Não é um reforço, mas sim a adequação de procedimentos de segurança dos quais tenho sido informado. Nada está relacionado à preocupação específica ou ameaça – disse.
O deputado ainda negou qualquer contato pessoal com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No entanto, ele considera natural que os órgãos de segurança da Câmara mantenham aproximação com órgãos semelhantes. O presidente da Câmara destacou que a preocupação com segurança deve ser permanente.
– A segurança, individual e coletiva, é fundamental na democracia. Se há um recrudescimento do crime, as instituições devem aperfeiçoar seus instrumentos – afirmou.
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