Agentes de segurança penitenciária do Estado de São Paulo entraram em greve hoje por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), aproximadamente sete mil agentes aderiram à greve, cerca de 34% do total de funcionários.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado informou que a paralisação afetou o funcionamento de sete unidades prisionais, onde o trabalho dos agentes está sendo realizado parcialmente. Ao todo, o Estado possui 144 unidades prisionais.

De acordo com o Sindasp, a onda de violência desencadeada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi um dos principais motivos que levaram à greve. A categoria reivindica melhoria das condições de trabalho e de segurança, aumento salarial, o direito de poder portar arma de fogo dentro dos presídios, e a destituição do secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, nove agentes foram mortos durante a ofensiva do PCC. A entidade informou ainda que o salário inicial de um agente penitenciário é de R$ 392, podendo chegar a R$ 1,2 mil com auxílio de comissões.

AGÊNCIA O GLOBO