O atacante Adriano diz concordar plenamente com Carlos Alberto Parreira. Mesmo sabendo que é um dos ameaçados a perder lugar no time  caso o esquema tático não dê certo, o jogador só defende a manutenção do sistema se o ataque ajudar na marcação. De acordo com o centroavante, se não houver colaboração  do setor ofensivo, a defesa vai ficar sobrecarregada e ter problemas para neutralizar  os adversários.  

O atleta da Internazionale de Milão tenta, na seleção, recuperar a confiança.  Não teve bom desempenho em 2006 jogando pela equipe italiana e foi bastante contestado pela imprensa. Chegou a perder lugar entre os titulares. Adriano  é, em Weggis, um dos que mais têm se esforçado nos treinamentos. Corre, divide  bolas, cabeceia, tenta ajudar na marcação e distribui sorrisos, dando a entender  que está se recuperando da crise de auto-estima por causa da má fase.

– O Adriano  tem alegria em defender o Brasil, até seu semblante muda – comentou Parreira.   

Neste domingo, em jogo-treino contra o time sub-20 do Fluminense, Adriano foi  bem. Marcou um gol – o segundo na vitória dos titulares por 5 a 1 – deu passe  para Ronaldinho fazer o seu e ainda participou bastante da partida. Em alguns momentos, levou Kaká ao desespero, pois, em vez de cruzar para o meia, preferiu  arriscar a finalização. Mas foi perdoado. Kaká entendeu seu excesso de vontade.   

O futuro é incerto. Na Itália, especula-se que o atacante vá deixar a Inter  depois da Copa do Mundo para assinar contrato com o Real Madrid. Para seu lugar, chegaria Ronaldo. Nenhuma das partes, no entanto, confirma o fato. E Adriano  se recusa a falar sobre o assunto.

Agência Estado