| 29/05/2006 13h45min
O presidente da Bolívia Evo Morales anunciou a retirada dos militares dos campos de petróleo que foram ocupados no dia 1º de maio, quando foram nacionalizadas as reservas de gás da Bolívia.
– Não podemos continuar com soldados nos poços de petróleo. Vamos retirar as forças armadas – afirmou, segundo agências de notícia internacionais.
Ao mandar os exércitos para as empresas nacionalizadas, como as refinarias da Petrobras, e os campos de produção, o governo boliviano alegou que a medida visava a resguardas as instalações e evitar sabotagens.
As negociações com as empresas petroleiras continuam em andamento. De acordo com o jornal local La Razón, o consórcio peruano-alemão dono da Compañía Logística de Hidrocarburos Boliviana (CLHB) aceitou a nacionalização da empresa, seja com 50% mais um ou com 100% das ações. O jornal também informa que o pagamento da indenização do consórcio será feita com gás natural.
A informação foi dada pouco depois de o presidente do Peru, Alejandro Toledo, ter dito que defenderia os investimentos da empresa Graña y Montero, propietária da CLHB, juntamente com a alemã Oil Tanking GmbH que, através de um processo de privatização em julho de 2000, comprou uma planta de refino, armazenagem e polidutos na Bolívia.
– Eles concordaram que não haverá pagamento em espécie e que este poderá ser feito em gás natural ou em produção de petróleo – disse o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Andres Soliz Rada.
O ministro da Economia da Argentina, Julio De Vido, chegará ao país entre quinta e sexta-feira para dar fim à negociação. Ele também reconheceu que há um atraso na negociação com o Brasil.
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