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 | 15/06/2002 20h07min

Clássico entre Figueira e Avaí tem gosto de decisão

Partida reúne líder e vice-líder na classificação do Octogonal

Pode não ser a final do Catarinense de 2002, mas certamente chega perto em importância. O clássico de número 370 deste domingo, 16 de junho, entre Figueirense e Avaí, às 16h, no Estádio Orlando Scarpelli, pode determinar a arrancada definitiva do azurra, líder na classificação com seis pontos. Outra possibilidade existente é a de que o alvinegro, vice-líder com quatro pontos, repita a campanha do primeiro turno do Octogonal, no qual faturou o título, e conquiste o troféu do Catarinense por antecipação.

Quanto ao clássico, o técnico do Figueirense, Roberval Davino, não é afeito a falar em esquema tático, mas prepara o que, no meio futebolístico, é chamado de "ferrolho". Talvez lembrando do banho de bola que o Figueirense levou no clássico válido pelo turno (1 a 1 na Ressacada, apesar do domínio avaiano), os treinamentos foram orientados privilegiando a marcação sob pressão, já na saída de bola do adversário. Quando consultado sobre o 3-5-2, precavido e respeitador para com o adversário, Davino logo dispara:

– Número é coisa para economista, o que importa é a função desempenhada pelo atleta dentro de campo, não sei o motivo de tanta preocupação com fórmulas.

Sem problemas no setor defensivo, o dedo do técnico vai ser visto no meio-campo e no ataque. A tendência é o time não ter Mabília, que está com uma contratura na coxa, e manter a equipe que jogou em casa e goleou por 6 a 1 o Marcílio Dias na rodada anterior. William deixa o ataque, vai para o meio-campo, e Bebeto passa a ser o companheiro de Selmir na frente.

O Avaí também muda no meio-campo. O volante Anderson está suspenso com o terceiro cartão amarelo e fica fora. Chegou a ser cogitada a volta de Júnior ao time, mas o jogador não conseguiu se recuperar da contratura na coxa esquerda. A opção do treinador Flamarion Nunes foi inusitada: avançar o zagueiro Itabuna para o meio-campo, promovendo a estrea de Wilson na zaga. Wilson, que defendeu o Leão na Copa João Havelange, em 2000, ainda não havia entrado em nenhum jogo desde sua volta à Ressacada.

– Não é um esquema com três zagueiros, o Itabuna vai jogar mesmo no meio, até como uma forma de proteger melhor a defesa – explicou Flamarion.

Confira a tabela de jogos e a classificação do Catarinense 2002 no especial do clicRBS

 
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