Uma reunião, ontem à tarde, no departamento jurídico do Inter sacramentou a negociação de Rafael Sobis para um grupo de investidores alemães. O atacante foi negociado por 8 milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões). O Inter tem direito a receber 2 milhões de euros – porque detinha apenas 25% do vínculo federativo do jogador. Os empresários deverão repassá-lo à melhor oferta de Hamburgo ou Wolfsburg.

Apesar da insistência do Inter em mantê-lo até o fim da Libertadores, Sobis poderá embarcar para a Alemanha ainda durante a Copa do Mundo.

– Quero muito ser campeão da Libertadores pelo Inter, mas ainda não sei se conseguirei permanecer até o fim da competição. Só gostaria que essa situação se definisse logo – disse Sobis.

Se o Inter está perdendo Rafael Sobis para a Libertadores, Elder Granja permanecerá até o final da participação do time na competição. Ele se apresentará ao Stuttgart após o torneio sul-americano. Além disso, o Inter já se arma para uma batalha jurídica a fim de garantir a permanência de Jorge Wagner no clube. O ala também interessa aos alemães do Wolfsburg.

Profissionalizado em 2004, Sobis é mais um exemplo do projeto colorado para fazer dinheiro com suas categorias de base. Ontem, a equipe sub-20 sagrou-se campeã do 30º Eurovoetbal Torunament – disputado na Holanda, e que reuniu cinco clubes daquele país, mais times de Itália, Espanha, França, Turquia e México – ao bater o Alkmaar por 2 a 0, gols de Porcellis e Luciano.

O meia Taison, escolhido o melhor atleta do torneio, e o atacante Porcellis, autor de três gols no campeonato, já despertaram o interesse de empresários europeus e poderão ser negociados. O clube pensa em arrecadar pelo menos 1 milhão de euros (cerca de R$ 3 milhões) com a dupla, o que ajudaria a aliviar o caixa e evitaria, ao menos neste ano, a necessidade de vender outros titulares.

Ao enviar a delegação para Groningenn (HOL), o Inter já projetava utilizar o torneio como vitrine. Jogadores da mesma categoria, como os atacantes Luiz Adriano e Alexandre, não foram relacionados para que não fossem vistos pelos europeus. O Inter pretende utilizá-los em breve no time profissional.

– Jamais uma equipe havia conquistado o torneio vencendo todos os jogos – disse Bernardo Stein, que chefiou a delegação na Holanda.

LEANDRO BEHS E LEONARDO OLIVEIRA/ZH